Seu nome? Ana. Simples assim, sem composições. Era como sua alma, singela mas com grande significado. Cheia de graça. Menina de coração leve e sorriso nem tão fácil assim. Mulher de opinião forte. Seus olhos refletem sua alma. Ah Ana! Sonhava com o grande amor da sua vida mas era forte demais para admitir isso. Para ela o amor era sinal de fraqueza. Talvez porque a algum tempo atrás brincaram com o coração dela. Ana dividia sua rotina entra faculdade e trabalho, de maneira muito organizada. Decidia para onde ir e quando ir. Sua maior qualidade? Ter o mundo dentro de si. Ela é fogo e água, mel e limão, tequila e suco de uva. Seu maior defeito? Enjoar fácil das pessoas. Mas esse defeito é uma barreira protetora. É uma placa de "cão bravo", quando na verdade, nem existe um cão. Ana. Ana. Aninha. Deveria se apaixonar! Só para enxergar o mundo com um olhar cor de rosa, ou melhor, avermelhado. "Se apaixonar? Pra que?" Ela diz que tem muito o que dançar antes de dar pause no repertório. Tá aí uma mulher decidida, ou talvez nem tão decidida assim. Gosta de batons vermelhos e vestidos preto. Para ela preto só combina com preto. Tão oposta de mim. Ana dorme de meias e passa seu tempo pensando em nada. É difícil lhe tirar a paz, isso acontece porque ela se conhece e se ama demais. Alguns a chamam de inconsequente, eu prefiro chamá-la de Ana. Parceira para grandes festivais ou para uma tarde de filmes. Não gosta de enrolação mas se enrola em si. Atrasada na vida e pontual no ser. Se conhece por inteira e não se deixa conhecer. Ei, espera aí! Aquilo ali é um olhar repleto de paixão? Ana, você está apaixonada e é por um coração que bate fora de você. Ele é marrento e cheio de si, estou vendo que a Ana vai sofrer mas nem acho que isso irá lhe fazer mal. O sofrimento é um degrau do crescimento do ser. Minha amiga Ana está navegando em um novo mar, só não quer admitir. Fala que está tudo bem, que não está com saudades mas consigo ver através dos seus olhos, se esqueceu? Na sua alma tem uma letra L gravada, em negrito. Acho que deveríamos fotografar esse momento para o álbum de memórias. Uai? Cadê a Ana? Cadê o senhor misterioso? Acho que foram viver felizes para sempre por aí. E nessa história o pra sempre mede o quanto eles quiserem, ou precisarem. Ciúmes e mais ciúmes, mas brigar pra quê? Quando a boca traz bons beijos não tem tempo para brigas. O charminho abre espaço para os bicos que só colaboram para a risada gostosa no final das conversas. Ah minha amiga Ana, para você eu desejo toda a felicidade e amor do mundo!
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