O melhor amigo
Já fazia um tempo desde a última vez que havíamos nos
falado. Queria dizer que sinto saudades das horas que passávamos conversando.
Logo eu, que sempre preferi mensagens, passava horas numa ligação contigo,
falando de assuntos aleatórios ou até mesmo apreciando aquele doce silêncio
quando um assunto acabava. Ontem eu resolvi olhar uns arquivos antigos e
encontrei prints das nossas conversas e aquela foto que tiramos quando nos
conhecemos. É, não teve como não sentir um aperto no peito. Eu sei que é
inevitável e que uma hora ou outra as pessoas se afastam, mas você sempre vai
ser a parte boa que vive em mim.
Lembrei também de quando eu tinha aquelas crises (TPM,
carência e ansiedade) e você sempre estava lá, por mim, dizendo que tudo
ficaria bem e que se não ficasse, você estaria comigo. Até te peço perdão por
não ter acreditado em você e gritado ou dito grosserias. Lembro também de
quando eu ia me queixar dos meus romances e você achava graça por eu enxergar
tanto em quem tinha tão pouco ou ficava bravo por esse tão pouco ter me feito
chorar e detonar uma panela de brigadeiro enquanto eu via algum filme de
romance bem clichê.
Eu não sei o que o destino tinha em mente, mas nossas
vidas seguiram rumos diferentes e aos poucos nos afastamos. Você fez família e
eu fui pra faculdade. Eu chorava de saudades e, no fundo, pensava que eu nunca
mais teria você de volta. Só que o destino bagunçou nossas linhas, mas as
juntou novamente e então eu percebi que amizade não é presença física, mas
presença de espírito. Sempre houve uma conexão e ela nunca fui rompida. E olha,
ser rodeada de amigas (e amigos) é muito bom, mas ter aquele cara a quem você
chama de melhor amigo e te mostra um mundo de uma forma diferente é algo que
realmente não tem preço. Eu te agradeço, seja ao meu lado ou a 2000 km.
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