Palavras do seu ex
“Lembro do comecinho do nosso namoro, quando você
implicava por eu sair e beber. Lembro também que você nunca acreditava quando
eu dizia que ela era só uma amiga e lembro também que odiava todos os meus
amigos. Lembro que você ficava em casa e de algum jeito, arrumava as melhores
desculpas para não ir naquela social da turma. Lembro que você via o mundo num
tom de rosa tão lindo que seria uma pena alguém te mostrar a realidade.
Eu mostrei.
Você me pedia pra ficar e eu ia. Você dizia que me amava
e eu mentia. Você me mandava mensagens e eu ignorava. No meio da noite, depois
de beijar todas as bocas, eu te mandava algo fofo só pra você ficar feliz e
achar que eu lembrei de você no momento mais sincero da minha alma. Eu mentia
até quando o álcool acionava a parte do meu cérebro responsável pela
honestidade. Você fazia de tudo por mim e ignorava tudo o que diziam ao meu
respeito. Você era a pessoa mais incrível que eu poderia arrumar, mas eu achei
melhor deixar seu mundo negro.
Hoje, eu esbarrei em você numa festa. O cabelo já estava
bagunçado e os saltos jogados no canto de uma mesa. Você dançava como se não
houvesse amanhã. Ao dizer oi, senti o cheiro de pelo menos três bebidas
diferentes e toda vez que um cara chegava perto, você sorria e saía, apontando para
o seu amigo gay e dizendo que ele era seu namorado. Você estava em todas as
festas (sim, eu via todas as suas fotos com uma garrafa de cerveja ou vodka nas
mãos). Eu percebi o quanto eu destruí você. E lamento se hoje, cada porre que
você toma, é porque um dia eu te ensinei a ser assim.”
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